terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Faces Paulistanas

Óh, São Paulo
Tão amada, tão iluminada
Cheia de graça e desgraça.

Pela noite esconde a dor do dia,
Pelo dia esconde o medo da noite.

És tão fonte de riqueza,
Quanto palco da maior pobreza.

Iludindo aquele que vem,
Em nome de quem?
Não do povo, nem de seu amor.

Por sim é o tal dinheiro,
Aquele que julga quão bon és,
Aquilo que nos enoja, todo ato de má-fé.

Seria tua terra ou seria teu povo?
Iluminada e enigmática
Aos bons e poucos, digo de novo
Mesmo bela és problemática!

Mesmo desequilibrada, és dona de sorte
Teu povo acolhedor, faz-te mais forte.
Dando sorrisos aos turistas,
Em gestos altruístas.

Sua progressista moldura
Lembra tempos de tortura...
Sua face suja ou mal lavada,
Lembra que não há fim nesta estrada.


T. Moraes

Um comentário:

Ingrid disse...

belo teu blog Tá.
Já te sigo..
beijo.